O purgatório existe?
O purgatório, segundo a doutrina da Igreja Católica Romana, é o estado no qual os fiéis são purificados depois da morte, antes de entrar no céu. Desde que a nossa preocupação é com a doutrina bíblica, observamos que a palavra "purgatório" não se encontra nas Escrituras.
De onde vem, então, essa doutrina? Segundo o Catecismo Católico de John A. Hardon, S.J., a declaração formal da doutrina de purgatório foi feita em 1274, mais de 12 séculos depois da morte de Jesus! Uma vez que a doutrina se tornou oficial, foi necessário procurar algum apoio teológico. Hardon cita três trechos bíblicos para defender a idéia de purgatório. Vamos examinar cada citação:
Mateus 12:32 diz que a blasfêmia contra o Espírito Santo não será perdoada, nem neste mundo, nem no mundo que há de vir. Hardon conclui, sem prova nenhuma, que esse versículo sugere que outros pecados serão perdoados após a morte.
1 Coríntios 3:13,15 fala de julgamento através de fogo. O fogo serve para provar o valor das obras de cada um. O trecho nada diz sobre um lugar de purificação após a morte.
Devemos nos preparar para o julgamento agora, pois a Bíblia não fala de segundas chances após a morte.
O que acontece após a morte?
Em Hebreus 9.27 está escrito que aos seres humanos está ordenado morrerem uma vez. Depois disso, vem o juízo. Mas isso não quer dizer que, imediatamente após a morte, as pessoas são levadas a um julgamento. O que acontece entre a morte e o Juízo Final?
região e transportou de lá os salvos para o terceiro Céu (cf. Mt 16.18, Lc 23.43, Ef 4.8,9; 2 Co 12.1-4). Quanto aos ímpios, permanecem no Hades (uma espécie de ante-sala do Inferno), o qual não deixa de ser “um inferno”, um lugar de tormentos para a alma (Lc 16.23).
Conquanto, em algumas passagens da Bíblia, o vocábulo grego hades tenha sido traduzido para “inferno”, o Hades e o Inferno final não são o mesmo lugar. O Inferno final é chamado de Lago de Fogo (Ap 20.14,15 [gr. limnem ton puros]); de “fogo eterno” (Mt 25.41 [gr. pur to aiõnion]); de “tormento eterno” (Mt 25.46 [gr. kolasin aiõnion]); e de Geena (Mt 5.22; 10.28; Lc12.5).
Diferentemente do Hades, o Inferno final está vazio. O seu povoamento começará quando Cristo voltar em poder e grande glória e lançar o Anticristo e o Falso Profeta no Inferno (Zc 14.4; Ap 19.20). Em seguida, os condenados do Julgamento das Nações irão para “o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos”, “o tormento eterno” (Mt 25.41,46). Mais tarde, será a vez do Diabo e seus anjos conhecerem o lugar para eles preparado (Ap 20.10). E, finalmente, após o Juízo Final, todos os ímpios estarão reunidos no Inferno final (Ap 20.15; 21.8).
Em Apocalipse 20.13 está escrito que o mar dará os mortos que nele há. E Jesus também afirmou que “vem a hora em que todos os que estão nos sepulcros ouvirão a sua voz” (Jo 5.28). Onde quer que estiverem, os pecadores ressuscitarão para comparecer diante do Trono Branco. Segundo a Palavra de Deus, a morte (gr.thanatos) e o inferno (gr. hades) darão os seus mortos, os quais, após o Juízo Final, serão lançados no Lago de Fogo.
O vocábulo “morte”, em Apocalipse 20.13,14, tem sentido figurado. Trata-se de uma metonímia (figura de linguagem expressa pelo emprego da causa pelo efeito ou do símbolo pela realidade), numa alusão a todos os corpos de ímpios, oriundos de todas as partes da Terra, seja qual for a condição deles. Há pessoas cujos corpos são cremados; outras morrem em decorrência de grandes explosões, etc. Todas terão os seus corpos reconstituídos para que, em seu estado tríplice (pleno), espírito + alma + corpo (cf. 1 Ts 5.23), compareçam perante o Juiz.
Entretanto, para que os ímpios compareçam ao Juízo Final em seu estado pleno, acontecerá a reunião de espírito, alma e corpo, os quais se separam na morte. Daí a menção de que “a morte” e também “o inferno” darão os seus mortos (Ap 20.13). Aqui, “inferno” é hades, também empregado de forma metonímica. A “morte” dará o corpo. E o “Hades”, a parte que não está neste mundo físico, isto é, a alma (na verdade, alma + espírito).
Segue-se que a frase “a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo” tem um
E quanto aos que têm morrido salvos, em Cristo? Graças a Deus, nenhuma condenação há para eles (Rm 8.1). Serão julgados também, é evidente, logo após o Arrebatamento da Igreja, mas apenas para efeito de galardão (Rm 14.10; Ap 22.12). Depois da ressurreição dos que morreram em Cristo, nunca mais haverá morte, o último inimigo a ser vencido (1 Co 15.26).
Em 1 Tessalonicenses 3.13 está escrito: “que sejais irrepreensíveis em santidade diante de nosso Deus e Pai, na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo, com todos os seus santos”. Isso significa que os santos, de todas as épocas, que estão com o Senhor, no Paraíso, virão com Ele, no Arrebatamento da Igreja. Como assim? O espírito e a alma (ou espírito + alma) deles se juntarão aos seus corpos, na Terra, para a ressurreição, num abrir e fechar de olhos (1 Co 15.50-52).
Consolemo-nos com essas palavras (1 Ts 4.18). Aleluia! “Ora, vem, Senhor Jesus” (Ap 22.20).
25/06/2011 Fonte: Christianpost.com
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