Como o púlpito é um lugar de reverência, consideremos
algumas atitudes que devem ser evitadas antes de o pregador
assumir o microfone. Haja vista não pregarmos apenas com
palavras.Conversar com os companheiros. Sabemos que existem
exceções; porém, há obreiros que conversam à vontade no
púlpito; brincam, riem, fazem gestos... Será que não percebem
que há várias pessoas olhando para eles? O povo observa os
que estão em lugar de destaque. Por isso, Paulo alertou: "Em
tudo te dá por exemplo de boas obras..." (Tt 2.7).
Assentar-se deselegantemente. É preciso ter cuidado com
isso. A cadeira do púlpito não é o sofá da nossa sala! Não é um
lugar para relaxar. Aliás, o pregador, embora sentado, deve estar atento, pronto, preparado, sabendo que poderá entrar em ação a qualquer momento. Não é hora de descansar, e sim de vigilância e sintonia com o Espírito Santo. Apresentar-se com o colarinho e a gravata desajeitados.Lembro-me de que certa vez um obreiro chegou à congregação com a gravata por cima do colarinho. Tentei ajudá-lo, para que não passasse por uma situação constrangedora; ele, curiosamente, disse que gostava de usar a gravata daquela forma! Bem, há gosto para tudo, mas o obreiro não pode se dar ao luxo de fazer tamanha extravagância. É claro que todos riram dele... Também não era para menos, não é mesmo? Como um pregador assim terá influência positiva sobre aqueles que o "ouvem"? Coçar-se como se estivesse em casa. Imagine a cena: um
obreiro coçando-se à vontade... Alguém diria: "Que papelão!"Tomemos cuidado para não nos tornarmos motivo de riso, prejudicando, assim, a nossa boa conduta diante da congregação.
Tamborilar na cadeira em que está assentado. Você já notou como alguns companheiros se portam no púlpito? Ficamtamborilando na cadeira... Isso não é um bom exemplo para o
rebanho de Deus (1 Pe 5.2,3). Falar ao celular. Entendo que o telefone celular hoje
tornou-se uma coisa comum, acessível a quase todas as
pessoas. Entretanto, atendê-lo em público,
mesmo em uma emergência, é um péssimo exemplo. Tenho visto obreiros atenderem aos seus celulares no púlpito com a maiortranqüilidade... E ainda falam alto, riem, discutem, etc.
O que fazer? Ora, se não for possível desligar o aparelho, use a opção "vibrar", disponível em quase todos os aparelhos.
Um dia desses, se eu não tivesse adotado tal procedimento, teria passado por um grande vexame. Durante a pregação, meu telefone — que estava no bolso do paletó —
"tocou" sete vezes!
EVITE ERROS AO MICROFONE
Contar testemunhos ou experiências em vez de pregar a
Palavra. Há pregadores que pensam que pregar a Palavra é ficar contando testemunhos. Isso não é pregação! A exposição tem de ser bíblico-cristocêntrica. Um ou outro testemunho pode até ser empregado para reforçar uma verdade das Escrituras; apenas isso. Nesse sentido, qual foi o conselho de Paulo a Timóteo? "Conjuro-te pois diante de Deus e do Senhor
Jesus Cristo, que há de julgar os vivos e os mortos, na sua vinda e no seu reino, que pregues a palavra (...) Porque virá tempo em que não sofrerão a sã doutrina..." (2 Tm 4.1-3). O apóstolo incentivou o jovem pregador a contar experiências?
Não! Mandou-o pregar a Palavra! Confundir a pregação com palestras motivacionais.
Infelizmente, muitos expoentes ignoram o que é pregação (1 Co1.23; 2.1-5). Não pregam sobre o sangue de Jesus, a ressurreição, a Segunda Vinda de Cristo e a santificação do crente. Seus temas favoritos são: "Seja um vencedor usando o pensamento positivo", "Você é aquilo que pensa", "Suas
palavras têm muito poder", etc. Não faça isso! Fale de Jesus Cristo, pois é no nome dEle que há poder (Mc 16.15-18). Citar episódios, expressões ou pessoas da Bíblia desconhecidos dos ouvintes. Um pregador foi convidado para pregar na China para pessoas não-crentes. Ao saudar a todos com rápidas palavras, ouviu quase meia hora de interpretação! Ele dissera aos chineses, que nada conheciam da Bíblia: "Eu
venho a vós em nome do Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó", obrigando o intérprete a explicar quem era cada uma das personagens citadas! Contar piadas ou dizer gracejos ao auditório. Já vimos
que isso não é bom. É claro que uma e outra ilustração divertida não prejudicam a exposição da Palavra. O problema está no uso abusivo desse recurso. Aliás, os fatos engraçados só deveriam ser empregados quando houvesse uma aplicação séria por trás deles. Caso contrário, o pregador torna-se um
humorista, um mero animador de auditórios. Animar o auditório. Há pregadores que, sinceramente,
abriram mão do seu ministério de expor as verdades de Deus,
para agradar o povo. Mesmo antes de ler a Bíblia — alguns nem isso fazem mais — pedem para as pessoas se
cumprimentarem, se abraçarem, profetizarem isso ou aquilo... Ora, precisamos dar um basta nisso! Pregação é exposição da Palavra (Sl 119.130; Tt 2.1), e não interação com o público! Entendo até que, em uma palestra, isso seja viável, porém
estamos falando de pregação expositiva.
Pregar com as mãos no bolso ou ajustar e
suspender a calça enquanto fala. Às vezes, fazemos algumas coisas por mania ou cacoete. Não me tenha mal; a minha intenção ao escrever sobre isso é orientar. No entanto, pregar com as mãos no bolso ou ficar suspendendo a calça não fica bem para um
obreiro. Ciro Sanches Zibordi
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