sábado, 1 de outubro de 2011

SHAVUOT - Pentecoste


Os cristãos respeitam e relebram anualmente uma Festa Judaica chamada Shavuot ou Pentecoste. Por quê?
Porque foi e é um evento maior na história judaica, que se tornou uma benção universal para toda a espécie humanos principalmente para os cristãos e judeus do novo testamento, que aconteceu no Templo em Jerusalém durante a Festa da Colheita ou também chamada Pentecostes no hebraico, que significa qüinquagésimo, Atos 2 v 1;
Era o primeiro dia da semana, um domingo, no calendário romano, 24 de Maio, no ano de 33 d.C. Era também o ano 3.790 no calendário hebraico. Sábios e Estudiosos Cristãos assinalam esta data, histórica em Jerusalém como o “nascimento espiritual da igreja”. (Fausset’s Bible Dictionary, pp.360-362,557; Josephus, p.381).
Para entender os eventos que aconteceram naquele dia, devemos, inicialmente, examinar o significado da festa em si. Deus havia ordenado a Israel um calendário sagrado de três festas maiores que deveriam ser observadas como um estatuto perpétuo para vossas gerações em todas as vossas moradas “(Lv 23:14, 21,41; Dt 16:16, 17)”.
Elas eram: a primeira “Páscoa, a Festa dos Pães Asmos”; segundo, “A Festa das Semanas” - também chamada “Pentecoste” que é uma transliteração grega da palavra hebraica que significa os “50 dias” quando a festa era celebrada (Lv. 23:15, 16). E a terceira era a “Festa dos Tabernáculos”. 
A Páscoa marcava a primeira colheita da primavera. Os primeiros frutos da messe ou “omer” de cevada eram exigidos pela Torah ser apresentado antes ao Senhor na Casa de Deus, como Ação de Graças (Lv. 23:10, 11).
Do dia seguinte, sete semanas ou 49 dias eram contados para a colheita do trigo.(Lv 23:10, 11).  
No 50 Dias “- “Pentecoste ou Shavuot”- um outro culto de ação de graça pela colheita era observado na Casa de Deus. Neste tempo, das primícias do trigo, dois pães cozidos com fermento eram trazidos ante o Senhor, num ato de ação de graça (Lv 23:16, 20).
Estas três festas marcaram a História de Israel no processo de sua redenção.
Estas festas foram também proféticas e tipificaram a redenção maior que viria através do Messias. 


Existe uma certa relação entre a Páscoa e Pentecoste.
 - a “Festa dos Pães Asmos-marcou a emancipação física de Israel da escravidão no Egito (Ex 12; 17)”.Pão sem Fermento “- Matzot, na realidade, uma total abstinência de fermento, fosse sólido ou líquido, era ordenada por Deus por toda a semana da Páscoa, de acordo com o capítulo 12 de Êxodo, verso 20”.
O sangue do cordeiro nos umbrais das portas dos israelitas foi o fator de redenção naquela histórica noite da primeira ceia da Páscoa. Para lembrar este evento de redenção, cordeiros pascais eram sacrificados a cada Páscoa até que o Templo de Jerusalém foi destruído no ano 70.
Quando o Messias veio, o apóstolo Paulo escreveu aos Corintios: ”O Messias, nosso cordeiro pascal, foi sacrificado por nós”. Portanto, os crentes foram exortados a manter a Páscoa da Nova Aliança ou a Ceia do Senhor ”não com o fermento da malícia e maldade, mas com o pão não levedado da sinceridade e verdade” (I Co 5:7-8).
Pentecoste se opõe ao ritual da Páscoa na Casa de Deus. Pentecoste destacava “dois pães cozidos com fermento” feitos com as primícias da colheita do trigo. Estes dois pães eram trazidos ante o Senhor num gesto de ação de graça (Lv 23:15-20). Animais selecionados, como cordeiros, touro ou carneiros, eram também sacrificados no ritual de Pentecoste.
Fermento - tornou-se tradicionalmente um tipo da natureza humana pecaminosa. Os rabinos falam da “yezes ha-Ra” - que é “a inclinação má na natureza do homem desde o seu nascimento”.(Encyclopedic Dictionary of Judaica, pp.281,636).
O rabi Saulo, que foi discípulo de Gamaliel da Escola de Hillel, quando apóstolo Paulo, fez um paralelo espiritual em relação ao fermento ou “hametz”: “Lançai fora o velho fermento... o fermento da malícia e da maldade” (I Co 5:7-8).
Há um significado simbólico para os dois pães cozidos com fermento - são simbolicamente as espécies humanas pecaminosa - tanto gentias como judeus - como as Sagradas Escrituras afirmam (Sl 14:22-3; Rm 3:9-10,23).
Na Festa de Pentecoste, quando o povo ia ao Templo e oferecia os pães cozidos com fermento das primícias da colheita do trigo, era um ato de ação de graça pela colheita da agricultura, uma “promessa” da profecia se cumpria. Séculos antes, o Eterno havia dado aos profetas de Israel a promessa de enviar o Espírito Santo - Ruach Haqodesh no hebraico - para as vidas dos judeus crentes. Ezequiel anunciou que Deus “poria seu Espírito sobre à casa de Israel”.  Dar-lhes-ei um só coração, espírito novo porei dentro deles; tirarei
 Da sua carne coração de pedra, e lhes darei um coração de carne, para que andem nos meus estatutos...”Ez 11:19, 20”.
O profeta Zacarias recebeu a mensagem de Deus de como o Messias da Casa de Davi morreria por nossos pecados:
“E sobre à casa de Davi, e sobre os habitantes de Jerusalém, derramarei o espírito de graça e súplicas; olharão para mim, a quem transpassaram...”Zc 12:10
“Naquele dia haverá uma fonte aberta para a casa de Davi e para os habitantes de Jerusalém, para remover o pecado e a impureza”.Zc 13: 1;
Profeta Joel profetizou que Deus prometia “derramar o Seu Espírito sobre toda a carne” - uma esperança para os crentes de todas as nações! Jl 3.1. Estas promessas quando cumpridas introduzirão uma nova qualidade de vida e um novo estilo de vida na sociedade.
Durante o ministério terreno de Jesus “o Filho de Davi” (Mt 1:1; Rm 1:3; II Tm 2:8, Ap 5:5), Ele confirmou a promessa do Pai a seus discípulos.
“... o Espírito Santo, a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as coisas... ele vos guiará a toda a verdade” Jo 14:26; 16:13.
E antes do Messias (Jesus) subir aos céus voltando ao Pai Celeste, Ele afirmou uma última vez: “... e, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas esperassem a promessa do Pai, a qual, disse Ele, de mim ouviste... mas recebereis poder ao descer sobre vós o meu Espírito, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém, como em toda a Judéia e Samaria, e até nos confins da terra”.At 1:4, 8

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