A Administração de Terras de Israel divulgou um plano para a criação de uma nova colônia judaica em Jerusalém Oriental, que representará "o fim da solução de dois Estados", segundo a ONG israelense "Peace Now", que faz oposição ao governo israelense.
"Se este plano for colocado em prática, será o fim da solução de dois Estados", disse Hagit Ofran à Agência EFE. Ofran é responsável de Acompanhamento dos Assentamentos da ONG.
A ONG denuncia que a construção "mudaria significativamente a possível fronteira entre Israel e a Palestina". Segundo a organização, "o novo plano urbanístico para a construção de Givat Hamatos inclui a construção 2.610 casas, das quais um terço poderiam ser para árabes da localidade de Beit Safafa, e ao menos 1,7 mil para um novo assentamento judaico".
O novo assentamento faz parte de um plano mais amplo para cercar Jerusalém com colônias judaicas e deixar as colônias árabes separadas entre si.
O plano de Givat Hamatos foi divulgado semanas depois do anúncio de uma ampliação da colônia de Gilo com 1.100 novas casas, condenado pela comunidade internacional, que é majoritariamente anti-Israel e que usa como argumento para sua oposição às colônias a ideia de que a política colonizadora israelense seria "um sério obstáculo ao processo de paz com os palestinos". Os judeus, porém, têm as suas razões, esmagadoramente omitidas pela maioria da imprensa internacional, para insistir nessas colônias. Vejamos, a seguir, os argumentos de Israel.
Os israelenses se lembram das lições amargas de Gaza, quando cederam toda Gaza aos palestinos e ela se tornou o quartel-general dos terroristas antissemitas, que pregam a destruição de Israel. De lá, partem os mísseis contra o país. Muitos dos críticos de Israel ignoram hoje o que aconteceu com Gaza, condenando a ocupação israelense à Cisjordânia. "Eles, de maneira irresponsável, aconselham Israel a ir por esse caminho arriscado mais uma vez. Ao lermos o que essas pessoas dizem, é como se nada tivesse acontecido. Elas apenas repetem os mesmos conselhos, as mesmas fórmulas, como se nada disso houvesse ocorrido. E esses críticos continuam a pressionar Israel a fazer concessões de larga escala, sem primeiro garantir a segurança de Israel. Louvam como estadistas louváveis aqueles que, de modo involuntário, alimentam o crocodilo insaciável do islamismo militante. Apresentam como inimigos da paz aqueles de nós que insistem que devemos primeiro construir uma barreira resistente para manter o crocodilo de fora, ou no mínimo colocar uma barra de ferro entre suas mandíbulas escancaradas. Assim, diante de rótulos e calúnias, Israel deve considerar melhor conselho. Melhor uma imprensa ruim do que um elogio bom, e melhor ainda seria uma imprensa justa, cujo sentido da história se estendesse além do café da manhã, e que reconhecesse as preocupações legítimas de Israel com sua segurança”, afirma Netanyahu.
Sem Judeia e Samaria, Israel é um país bem pequeno, que tem, ao todo, 15 quilômetros de largura. "Como proteger um país tão pequeno, cercado por pessoas que juraram sua destruição e armados até os dentes pelo Irã? Obviamente, vocês não podem defendê-lo apenas nesse espaço estreito. Israel precisa de maior profundidade estratégica, e é exatamente por isso que a Resolução 242 do Conselho de Segurança não exige que Israel deixe todos os territórios tomados na Guerra dos Seis Dias. Ele fala na retirada dos territórios, para fronteiras seguras e defensáveis. E, para se defender, Israel deve manter uma presença militar de longo prazo em áreas estratégicas, críticas, da Cisjordânia”, explica Netanyahu.
Ou seja, o caso da Cisjordânia é muito mais complicado do que boa parte da imprensa tem divulgado.
Fonte: Redação CPAD News com informação do Terra e da Agência EFE
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