Efeito pode parar a área do cérebro que controla a respiração.
Principal causa de mortes, no entanto, são acidentes de trânsito e brigas.
Há três maneiras que o álcool pode matar uma pessoa, segundo o médico Ronaldo Laranjeiras, coordenador da unidade de pesquisa em álcool e drogas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
A primeira, como no caso de Amy, é bastante comum. É a chamada morte por “toxicidade aguda”, quando o efeito venenoso do álcool afeta o cérebro ao ponto de desligar as funções vitais. “O álcool causa a depressão do funcionamento do sistema nervoso central. O primeiro efeito pode ser prazeroso: você fica relaxado. Em excesso, pode levar ao coma alcoólico e à morte”.
No caso da cantora britânica, os efeitos provavelmente foram potencializados pelo estado de saúde fragilizado. “O corpo dela estava bem debilitado, porque já vinha de um uso crônico de álcool e drogas. O coração não aguentou”, explica o médico.
A outra maneira que o álcool pode matar é lentamente, ao longo de anos. “O consumo de álcool crônico mata porque causa problemas cardiovasculares, câncer e doenças no fígado”, diz Laranjeiras. Embora esse último tipo seja o mais lembrado, ele é o mais raro.
“As pessoas pensam sempre em cirrose, mas a doença do fígado corresponde a apenas 15% das mortes dos alcoólatras”, diz o especialista. O mais comum entre esse tipo de pessoa é a morte por problemas cardiovasculares. O álcool causa hipertensão e enfraquece coração, veias e artérias.
Por fim, a terceira causa de morte pelo álcool é a mais comum: os acidentes. “O álcool mata mais no trânsito, em homicídios ou em brigas”, explica o médico. “O efeito da bebida no sistema nervoso central afeta a capacidade de julgamento crítico e a coordenação motora. O que causa acidentes e desentendimentos”, explica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Não serão permitidos palavrões ou palavras ofensivas.