A manhã de terça-feira,13, foi diferente e especial para sete internos do Presídio Estadual Metropolitano I, localizado no município de Marituba. Eles legalizaram sua situação conjugal em uma cerimônia religiosa completa, com direito à marcha nupcial e o tradicional bolo de noiva. O palco da festa foi a brinquedoteca da casa penal, que se transformou em um salão de recepção. O evento é fruto de parceria da Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe) com a Igreja Assembleia de Deus.A celebração do casamento foi conduzida pelo pastor Francesco Nicastro, líder da Missão Resgate, que desenvolve trabalhos de evangelização há mais de cinco anos. Ele falou da importância de estruturar e fortalecer os laços familiares como ferramenta importante na humanização. “O casamento é um princípio bíblico para que seja consumado o ato sexual. Por mais que estejam longe fisicamente, a partir de hoje estão unidos em Cristo Jesus”, ressaltou.
O casamento foi feito primeiramente no religioso e depois no civil pela escrivã Karla Dippolito. A ideia de realizar a cerimônia surgiu após solicitação dos internos evangélicos. Os detentos providenciaram toda a documentação necessária, foi dada entrada no cartório de casamento e a justiça autorizou a expedição da ata e das certidões. “O casamento é fruto de transformação é o resgate do convívio social”, destacou o pastor. A Sociedade Bíblica do Brasil, representada pelo capelão Adriano Casanova, presenteou os noivos com Bíblias. “Que cada casal pratique os princípios bíblicos e seja um exemplo de parceria”, desejou.
Para o diretor do presídio, Robervaldo de Souza, o momento é importante para todos, internos, esposas, família e casa penal que percebe a mudança de comportamento. “Faz parte da nossa política de ressocialização esse evento. A religião é de extrema importância dentro da unidade prisional. Há uma tendência de alívio no cárcere e ainda padroniza o cadastro de visita, elas serão cadastradas como esposas”, disse.O interno Eduardo Henrique de Almeida Brandão, 23 anos, aguardava ansioso a noiva Hilka Ataide Silva, que está grávida de 2 meses do primeiro filho do casal. “Aceitei me casar com ele porque acredito na transformação. O amor e o compromisso com a palavra de Deus foi fundamental para nos casarmos. O acompanhamento da família é fundamental para reintegração", afirmou. Já vivíamos juntos há quatro anos. Formalizar o compromisso representa o começo de uma nova história e a retribuição de tudo que ela tem feito por mim, mesmo estando privado de liberdade, completou Eduardo.
Fonte: http://www.agenciapara.com.br/noticia.asp?id_ver=90187
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