Quase 3 milhões de fiéis realizaram nesta terça-feira (8) o último ritual da peregrinação à Meca do ano e se preparavam para deixar esse santuário, o principal do Islã.
Aos gritos de "Alah Akbar" (Deus é grande, em árabe), os fiéis encerravam o rito da lapidação de Satã, iniciado em Mina, perto de Meca, no domingo (6), dia do Aid al Adha (a festa do Sacrifício).
Os fiéis avançavam em massa no local da lapidação, lançando pedras contra as três colunas que simbolizam Satã, uma perigosa ação que no passado causou confusões gigantescas e centenas de mortos.
Atualmente, uma melhora das instalações favorece a fluidez dos peregrinos.
Em janeiro de 2006, 364 peregrinos morreram pisoteados durante uma confusão, e outros 251 dois anos antes. Em julho de 1990, morreram 1.426 peregrinos, a maioria sufocada durante uma confusão em um túnel.
Depois da lapidação de Satã, os fiéis dão voltas ao redor da Kaaba, no centro da Grande Mesquita de Meca, antes de efetuar o percurso entre Safa e Marwa, seguindo os passos de Hajar, mulher do profeta Abraão que, segundo a tradição, correu entre os dois lugares em busca de água para seu filho Ismael, até que a fonte de Zamzam brotou a seus pés.
O Hajj é a maior peregrinação anual do mundo e um dos cinco pilares do Islã que todo muçulmano deve realizar ao menos uma vez em sua vida caso tenha condições.
No total, cerca de 3 milhões de fiéis participam este ano da peregrinação, dos quais cerca de 2 milhões chegaram do exterior. Os demais são sauditas ou residentes estrangeiros do reino, segundo o escritório saudita de estatísticas.
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