
feitos por pessoas mais entendidas que muitos assembleianos e pastores mercenários”.
A despeito de eu respeitar as pessoas que fazem parte da Congregação Cristã no Brasil, não vejo com bons olhos certas doutrinas e estratégias adotadas por essa igreja, como a conhecida “pescaria em aquário”. Jesus chamou-nos para sermos pescadores de almas, à semelhança de seus primeiros discípulos (Mt 4.19), mas devemos pescar onde há muitos peixes, e não nas igrejas dos outros (Jo 4.35). O apóstolo Paulo disse, em Romanos 15.20: “E desta maneira me esforcei por anunciar o evangelho, não onde Cristo houvera sido nomeado, para não edificar sobre fundamento alheio”.
Creio que essa “pescaria em aquário” seja praticada pelos cristãos-do-brasil em razão de acreditarem que assembleianos como eu ainda não são salvos. É como se um crente pertencente a outra denominação fosse apenas um primo, estando a um passo da graça. Embora esses irmãos da Congregação Cristã no Brasil tenham os seus motivos para serem sectários quanto à salvação, gostaria de reiterar que tenho certeza absoluta da minha salvação e sei em quem tenho crido (Rm 8.16; 2 Tm 1.12).
Outrossim, ao me enviar estudos sobre o dízimo, o véu e o ósculo santo, o mencionado irmão — que também deve me considerar primo — demonstrou que está preso a religiosidade, legalismo e coisas afins. É claro que o dízimo é necessário para manutenção da obra de Deus, devendo ser entregue voluntariamente, além das ofertas alçadas. Quanto ao véu, por que a mulher precisa usá-lo se o cabelo lhe foi dado no lugar do véu (1 Co 11.15)? Já o ósculo está atrelado a uma antiga cultura oriental, o que pode ser substituído, hoje, sem prejuízo, por um aperto de mão, por exemplo. O cristianismo não é ritualista ou cerimonialista.
O irmão cristão-do-brasil disse, finalmente, que não é fácil me convencer a aceitar o convite de integrar à Congregação Cristã do Brasil — e não é mesmo. A igreja à qual estou filiado não é perfeita (até porque ela dividiu-se e subdividiu-se, desde 1911). Reconheço que há várias Assembleias (com os mais variados sistemas doutrinários, eclesiásticos e consuetudinários) que usam a denominação Assembleia de Deus. E, por causa isso, existem também muitos enganadores e mercenários pseudo-assembleianos em nosso meio. Mas a minha recusa à sua “proposta indecente” decorre, sobretudo, de minhas convicções e fidelidade à sã doutrina, pois o Deus da Assembleia está acima da Assembleia de Deus.
Respeitosamente,
Ciro Sanches Zibordi, assembleiano, mas sobretudo seguidor de Cristo e amante da Palavra de Deus
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