sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Israel planeja nova colônia judaica em Jerusalém Oriental



Israel planeja nova colônia judaica em Jerusalém OrientalNovo assentamento faz parte de um plano mais amplo para cercar Jerusalém com colônias judaicas
A Administração de Terras de Israel divulgou um plano para a criação de uma nova colônia judaica em Jerusalém Oriental, que representará "o fim da solução de dois Estados", segundo a ONG israelense "Peace Now", que faz oposição ao governo israelense. 
"Se este plano for colocado em prática, será o fim da solução de dois Estados", disse Hagit Ofran à Agência EFE. Ofran é responsável de Acompanhamento dos Assentamentos da ONG.
A ONG denuncia que a construção "mudaria significativamente a possível fronteira entre Israel e a Palestina". Segundo a organização, "o novo plano urbanístico para a construção de Givat Hamatos inclui a construção 2.610 casas, das quais um terço poderiam ser para árabes da localidade de Beit Safafa, e ao menos 1,7 mil para um novo assentamento judaico". 
O novo assentamento faz parte de um plano mais amplo para cercar Jerusalém com colônias judaicas e deixar as colônias árabes separadas entre si. 
"O novo bairro completará o isolamento entre Belém e Jerusalém Oriental, e acabará com a possibilidade de uma solução territorial em Beit Safafa e Shuafat. A fronteira proposta pela Iniciativa de Genebra não será possível sem a destruição deste novo bairro israelense", afirma em comunicado a ONG. O planejamento para a nova colônia começou no governo de Ehud Olmert, foi aprovado há meses e divulgado no último dia 11, data em que inicia um período de 60 dias para apresentação de objeções. 
O plano de Givat Hamatos foi divulgado semanas depois do anúncio de uma ampliação da colônia de Gilo com 1.100 novas casas, condenado pela comunidade internacional, que é majoritariamente anti-Israel e que usa como argumento para sua oposição às colônias a ideia de que a política colonizadora israelense seria "um sério obstáculo ao processo de paz com os palestinos". Os judeus, porém, têm as suas razões, esmagadoramente omitidas pela maioria da imprensa internacional, para insistir nessas colônias. Vejamos, a seguir, os argumentos de Israel.
Nos últimos anos, milhares de mísseis já caíram sobre as cidades israelenses, fazendo com que a população se pergunte: "Como evitar que isso aconteça também na Cisjordânia?". A questão é que a maioria das principais cidades do sul de Israel estão a algumas dezenas de quilômetros de Gaza, de onde saem os mísseis. Mas, no centro do país, em frente à Cisjordânia, as cidades israelenses estão a algumas centenas de metros ou, no máximo, a poucos quilômetros de distância da fronteira da Cisjordânia. Logo, se perguntam os judeus: "Seria prudente trazer o perigo para tão perto de nossas cidades e famílias?". Como disse Benjamin Netanyahu em seu discurso na ONU no final do mês passado, "Israel está preparado para ter um Estado palestino na Cisjordânia, mas não estamos preparados para ter outra Gaza lá”. Netanyahu deixou claro que "sem um acordo de segurança claro e concreto, seria suicídio permitir uma invasão palestina à Cisjordânia. 
Os israelenses se lembram das lições amargas de Gaza, quando cederam toda Gaza aos palestinos e ela se tornou o quartel-general dos terroristas antissemitas, que pregam a destruição de Israel. De lá, partem os mísseis contra o país. Muitos dos críticos de Israel ignoram hoje o que aconteceu com Gaza, condenando a ocupação israelense à Cisjordânia. "Eles, de maneira irresponsável, aconselham Israel a ir por esse caminho arriscado mais uma vez. Ao lermos o que essas pessoas dizem, é como se nada tivesse acontecido. Elas apenas repetem os mesmos conselhos, as mesmas fórmulas, como se nada disso houvesse ocorrido. E esses críticos continuam a pressionar Israel a fazer concessões de larga escala, sem primeiro garantir a segurança de Israel. Louvam como estadistas louváveis aqueles que, de modo involuntário, alimentam o crocodilo insaciável do islamismo militante. Apresentam como inimigos da paz aqueles de nós que insistem que devemos primeiro construir uma barreira resistente para manter o crocodilo de fora, ou no mínimo colocar uma barra de ferro entre suas mandíbulas escancaradas. Assim, diante de rótulos e calúnias, Israel deve considerar melhor conselho. Melhor uma imprensa ruim do que um elogio bom, e melhor ainda seria uma imprensa justa, cujo sentido da história se estendesse além do café da manhã, e que reconhecesse as preocupações legítimas de Israel com sua segurança”, afirma Netanyahu.
Sem Judeia e Samaria, Israel é um país bem pequeno, que tem, ao todo, 15 quilômetros de largura. "Como proteger um país tão pequeno, cercado por pessoas que juraram sua destruição e armados até os dentes pelo Irã? Obviamente, vocês não podem defendê-lo apenas nesse espaço estreito. Israel precisa de maior profundidade estratégica, e é exatamente por isso que a Resolução 242 do Conselho de Segurança não exige que Israel deixe todos os territórios tomados na Guerra dos Seis Dias. Ele fala na retirada dos territórios, para fronteiras seguras e defensáveis. E, para se defender, Israel deve manter uma presença militar de longo prazo em áreas estratégicas, críticas, da Cisjordânia”, explica Netanyahu.
“E há muitas outras questões de segurança vital que também devem ser abordadas. Vejamos a questão do espaço aéreo. Mais uma vez, as pequenas dimensões de Israel criam problemas enormes de segurança. Os Estados Unidos podem ser atravessados por avião em seis horas. Para cruzar Israel, um avião leva três minutos. Então, o minúsculo espaço aéreo de Israel pode ser cortado pela metade e dado a um Estado palestino que não está em paz com Israel? Nosso maior aeroporto internacional está a poucos quilômetros da Cisjordânia. Sem paz, nossos aviões vão se tornar alvos de mísseis antiaéreos colocados a nosso lado, no Estado palestino? E como vamos deter o contrabando na Cisjordânia? O problema não é apenas a Cisjordânia, são as montanhas da Cisjordânia. Elas dominam a planície costeira, abaixo da qual fica a maioria da população de Israel. Como poderíamos evitar o contrabando, nessas montanhas, dos mísseis que poderiam ser atirados em nossas cidades?”, pergunta Netanyahu com razão.


Ou seja, o caso da Cisjordânia é muito mais complicado do que boa parte da imprensa tem divulgado.

Fonte: Redação CPAD News com informação do Terra e da Agência EFE

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